No Museu Laborum Meta existe apenas o hoje abrigando ilustres e anônimos homens e mulheres que viveram no eterno agora representando o Ser Humano em suas aspirações e realizações e que serão lembrados como imortais pelas gerações atuais e futuras.
De acordo com DUARTE, (2009) predominam nas quadras localizadas nos corredores principais os mausoléus, as capelas e as sepulturas mais requintadas construídas com material nobre. A maioria dos túmulos que ocupam essas quadras pertencem às famílias influentes, importantes e à nobreza política e religiosa do Estado do Amazonas. Nas quadras mais afastadas da parte central e das alamedas, são encontradas sepulturas mais simples, destituídas de atributos e alegorias suntuosas. Em 1932, foi construído um ossuário para guardar os restos mortais não reclamados que foram transferidos do extinto cemitério São José para o São João Batista. Ao todo, existem, nesse ossuário, os despojos mortais de, ao menos, 48 pessoas, conforme placa de mármore existente no local.
Vamos revisitar os corredores do Museu Laborum Meta, iniciando por nossos imortais e
seguindo pelos túmulos de personagens anônimos e daqueles que também deixaram
seu nome na história de Manaus.
Naturalmente, cada um deve elaborar os estágios de seu roteiro para a facilitar a localização dos imortais. Sugestões dos autores:
No primeiro estágio, a visita deve está fundamentada no Mapa de Orientação do Cemitério São João Batista, pois permite encontrar e seguir o melhor roteiro no melhor tempo planejado.
O MAPA DE ORIENTAÇÃO DO MUSEU LABORUM META
Os acessos são formados por
dois portões, um na entrada pela Praça Chile (ACESSO 1) e o mais imponente na
Av. Boulevard Álvaro Maia (ACESSO 2) composto por uma estrutura de ferro
fundido, a cobertura lembra escamas de peixe, feita com material mais leve.
(CUPPER,2009).
No arco de ferro do portão da entrada pela Av. Boulevard Álvaro Maia (ACESSO 2), também foi fixada a frase em latim LABORUM META, que significa fim dos trabalhos.
Giselle Haddad sugere que no segundo estágio, sejam observadas as referências externas dos postes de iluminação dos corredores do Museu Laborum Meta, pois são bons indicadores, por exemplo: “para localizar o Jazigo do vovô Omar na quadra 01, lembre-se do terceiro poste. O Jazigo da vovó Tereza fica na quadra 13 na direção ao segundo poste.”
Amin Haddad sugere que no terceiro estágio a prioridade seja adentrar ao Museu Laborum Meta pelo portão da Av. Boulevard Álvaro Maia (ACESSO 2), centro do Museu Laborum Meta tendo em vista ser facilmente localizada à esquerda, a quadra 07. Nesta quadra são encontrados três jazigos , cada um com três imortais:
Família Alexandre Haddad, Família Débora Haddad e Família Josefa Menezes de Lima.
Seguindo em frente, e na parte
posterior da Capela de São João Batista
e do prédio da Administração, estão localizadas as quadras 12 e 13 onde encontramos dois jazigos com
seis imortais cada: Família Santos e Família Terezinha Menezes de Lima.
Partindo dos corredores das quadras
12 e 13 e contando-se os postes, será facilmente localizado na quadra 11, o jazigo da Família José Ramos da Costa com
dois imortais e na quadra 1 o jazigo do imortal Omar Haddad. “MAS, RAPAZ!”
No quarto estágio a visita continua no Cruzeiro das Almas e pelas demais quadras onde se encontram outros
personagens que acompanham nossos imortais no Museu Laborum Meta.
O CRUZEIRO DAS ALMAS
Na parte posterior da capela de São João
Batista encontramos o Cruzeiro das Almas onde as pessoas também acendem velas.
É cediço que no local acontecem cerimônias que tornam presentes as formas
exteriores e regulares de cultos religiosos populares, principalmente dos seguidores de Umbanda, Quimbanda
e Candomblé.
Apenas alguns vestígios de
cerimônias são encontrados com certa frequência: bebidas como cachaça, vinho e
frisante. Os restos de velas são em sua grande maioria da cor vermelha. Em
menor quantidade são encontrados pratos de argila chamados de alguidá e que
servem para colocar a oferenda do “santo”. (CUPPER,2009).
Giselle Haddad relata: “Quando me deparei com as inscrições ZÉ PILINTRA DAS ALMAS, SALVE SEU JOÃO CAVEIRA E ÀS 13 ALMAS e AGRADEÇO AS ALMAS AFLITAS, no Cruzeiro das Almas, lembrei-me de um vizinho que fazia rituais de “macumba”, “pegava santo” e com isso, o Guja aprendeu e gostava de cantar: O sino da igrejinha faz belém, belão. Já deu meia noite, o galo já cantou. É Tranca Rua na avenida... Em tempo anterior ao presente, era consuedudinário se deparar com com despachos”.
No quinto
estágio examinaremos a arquitetura dos jazigos seguindo as observações de DIAS, (2013) por exemplo: Quando se visualiza as pequenas capelas das quadras 07 e
08, quase todas têm gabletes e torres pontiagudas. Mas nem todas possuem cogulhos
e arco ogival. Existe um exemplar na quadra 11 que possui gablete, torres
triangulares, arco ogival e portão de ferro com uma cruz com raios.
No seu gablete não há cogulhos, no entanto, na lateral superior pode-se ver uma espécie de rendilhado que é o seu diferencial em relação às outras capelas. Outro exemplar de jazigo, ainda mais luxuoso, encontra-se na quadra 06. Este, feito todo em mármore em Lisboa encomendado por Manuel M. Rato e Fos., como consta em inscrição. Suas colunas têm folhas de acanto, na superfície do gablete há um festão e uma guirlanda, sua porta ogival em ferro possui um desenho que recorda as formas do gótico flamejante, as torres terminam com florões.
DIAS, (2013) esclarece que o arco ogival é um elemento neogótico muito encontrado no cemitério. Ele está em janelas, portas e suportes para abóbadas. No caso da abóbada, a de arestas pôde ser visualizada em alguns jazigos do cemitério, e não somente com os arcos ogivais como suporte, mas também com arcos trilobados. Estas abóbadas servem de “telhado” para cruzes, esculturas e as próprias sepulturas.
Cruzes
diversificadas são os símbolos mais encontrados, algumas com a adição de
ornamentos vegetalistas, auréolas, flores e volutas. Não são encontradas
esculturas de teor grotesco, somente anjos na forma convencional e outras
estátuas religiosas. O que mais se aproximou, mas nem por isso pode ser
considerado como grotesco, foram as pequenas formas humanas que se encontram em
um jazigo da quadra 15 (à direita da entrada pelo acesso 1) com os braços para
cima como se estivessem “suportando” parte da coluna. O ferro
fundido pôde ser visualizado em imagens, estátuas, floreiras, urnas, etc. (DIAS,2013).
No sexto estágio
observaremos que na Capela de São João Batista seremos incitados a olhar para
cima. Na sua parte frontal visualizaremos quatro arcos ogivais alongados, um
portão de ferro, uma rosácea com a imagem de Maria com uma auréola cheia de
raios. Seus três coruchéus frontais também são decorados com cogulhos e acima
do central existe uma cruz. Observaremos também a imagem de São João Batista,
com o braço direito para cima.
Foto: Jonas-Setembro/2021
De
acordo com CUPPER, (2009) em 1906 foi construída a capela de São João Batista no
lugar do antigo necrotério, autorizado pela Lei n.º 430, de 1905, sob ordem do
Superintendente Municipal Adolpho Lisboa que também mandou construir muros e o
conjunto de portões em ferro.
Segundo DIAS, (2013) dois dias após a inauguração, a capela recebeu a imagem de São João Batista trasladada da Igreja de São Sebastião e que permanece nela até os dias atuais. Nesta imagem São João Batista tem o braço direito apontado para o céu, seu cabelo é ondulado (como geralmente é representado) e está vestido com uma pele. Em sua iconografia bizantina (Grécia antiga), João Batista era representado junto aos anjos, por ter sido ele também um mensageiro.
DIAS, (2013) esclarece a arquitetura e a arte da Capela de São João Batista com exuberância de detalhes:
I) Ao entrar na Capela observa-se a existência de um portão de ferro trabalhado com arcos ogivais e ornatos vegetalistas. Em meio a estes ornatos, encontra-se o símbolo do acanto, uma planta mediterrânica que possui folhas largas e recortadas.
O
ornamento dessa planta foi muito utilizado em capitéis coríntios na decoração
antiga e medieval. Em uma lenda narrada por Vitrúvio (80-15 a.C.) 65 anos, o
escultor Calímaco (300-240 a.C.) 60 anos, ao ornamentar um dos capitéis do
túmulo de uma menina teria se inspirado nas folhas de acanto.
II) Ainda
no portão da Capela, visualiza-se um símbolo em forma de círculo que sugere um
movimento. Trata-se de uma forma muito utilizada nos vitrais góticos por ter
ligação com o número três.
III)
Na
parede interna da Capela observa-se a existência da técnica de marmorização em
tons de verde e um ornamento floral que sugere um arabesco. O arabesco é uma
elaborada combinação de formas geométricas específica da arte islâmica e surge
a partir da repetição de uma forma, conferindo ritmo à imagem. Pode ser feito
em diversos formatos, sendo que na forma de folha foi muito utilizado no
Renascimento (meados do século XIV e fim do século XVI.) Existe uma relação
simbólica do arabesco com o labirinto ou até mesmo com a teia de uma aranha.
IV)
O desenho do piso também chama atenção pelo
ritmo que confere. Trata-se de formas florais estilizadas dentro de círculos,
que dão a sensação de estarem em sintonia com outros elementos da Capela.
V)
Existem
oito janelas ogivais decoradas com vitrais franceses na Capela. Sabe-se que os
vitrais estão relacionados à entrada de luz no ambiente.
VI)
Na Idade
Média (séculos
V a XV), a luz
simbolizava o sobrenatural, a vida, a salvação e a felicidade dada por Deus.
VII)
Na
Capela de São João Batista há três desenhos de vitrais. O primeiro deles, na
parte frontal, possui uma rosácea com a imagem de Maria com uma auréola cheia
de raios. Nele, também há flores, formas geométricas e cruzes. O segundo tipo é
uma variação do primeiro, mas sem a imagem de Maria. O terceiro tipo possui
desenhos geométricos, duas cruzes na forma latina, um trifólio com flores, uma
cruz na forma grega com os símbolos de alfa e ômega (primeira e última letra do
alfabeto grego).
VIII)
Na
parte frontal da Capela observa-se um vitral em formato circular chamado
rosácea, por conta da sua relação com a rosa.
A
representação solitária de Maria, como ocorre no vitral de entrada, tem relação
com a imagem da própria Igreja e que foi muito explorada nos mosaicos
bizantinos, nos afrescos e esculturas medievais e nos retábulos do
Renascimento.
IX)
Era
comum encontrar uma auréola ou uma coroa em sua cabeça. No caso da auréola,
simboliza a aura cintilante que pertence a seres sobre-humanos, santos,
divinos. Na arte bizantina, a auréola redonda era reservada àqueles que haviam
morrido, mas tinham vividos como santos na terra.
Os
personagens que continuavam vivos podiam receber uma auréola quadrada
(Chevalier, 2007, p. 100). Os personagens alegóricos tinham auréolas
hexagonais. Os artistas do Renascimento representavam a auréola em forma de aro
em perspectiva (Hall, 2003, p. 300).
X)
Em
outro vitral da capela, observa-se uma cruz com um monograma de Cristo com as
letras iniciaIs em grego X(Chi) e P(Rho) que é denominada Cruz de Constantino.
Este foi um importante símbolo da Igreja primitiva, mas antes mesmo disso, era
utilizado como símbolo de bom augúrio. Constantino o adotou para o estandarte
do Império Romano e as moedas da época.
De acordo com os seus biógrafos, este símbolo apareceu para Constantino em uma visão ou sonho na véspera da batalha vitoriosa contra Magêncio, Maxêncio, Maximiano II ou Maximino, dependendo da tradução em latim: Marcus Aurelius Valerius Maxentius Augustus (278-312) 34 anos, em Saxa Rubra,uma cidade romana. (Hall, 2003. p.28).
DIAS, (2013) ainda revela que na simbologia cristã, o azul indica a cor do manto
da Virgem, como se percebe no vitral frontal, onde o azul também colore as
flores-de-lis. Segundo a referida autora, a partir do século XII:
O
azul torna-se uma cor muito apreciada, recebendo grande valor nos vitrais
medievais (Eco, 2004, p. 123);
O
vermelho também é cor do manto de Maria, mas está relacionado ao sangue de
Cristo;
O
amarelo tem como referência imediata à luz do sol, a cor do ouro. É uma cor que
transmite calor e energia;
O
verde na Idade Média nem sempre estava relacionado ao Bem. Num vitral da
Catedral de Chartres (também chamada de
Notre-Dame de Chartres) que é uma catedral católica de estilo gótico localizada
na cidade de Chartres, noroeste da França,
Satanás foi todo feito com pele e os olhos verdes (Chevalier, 2007, p. 940).
Porém, no caso da capela de São João, o verde está nitidamente relacionado às
imagens vegetais.
O sétimo
estágio da nossa visita será dividido em duas etapas de observação silenciosa à
pouca distância: Cemitério dos Judeus e Cemitério da Irmandade Católica ou do
Santíssimo Sacramento, tendo em vista se tratarem de espaços restritos.
CEMITÉRIO DOS JUDEUS- QUADRAS 03, 04 e 05 |
No ano de 1928 a Prefeitura cedeu uma área do cemitério São João Batista, para a construção do Cemitério dos Judeus que ocupa as quadras 03, 04 e 05 e fica entre a Av. Boulevard Álvaro Maia e a Rua Major Gabriel.
CEMITÉRIO DA IRMANDADE CATÓLICA OU DO
SANTÍSSIMO SACRAMENTO |
Foto: Jonas-Setembro/2021
Em um pequeno espaço cercado e pertencente a uma irmandade católica da Igreja Matriz -primeira igreja construída em Manaus, estão enterrados os membros da Irmandade do Santíssimo Sacramento, entidade ligada à igreja Católica de Manaus. (CUPPER,2009).
Área reservada para membros
da Irmandade do Santíssimo Sacramento no Cemitério São João Batista fica atrás
do Reservatório do Mocó.
Segundo QUEIROZ, (2020) existem
dois cemitérios dentro do Cemitério São João Batista: uma área que ocupa
as quadras 03, 04 e 05, o Cemitério dos Judeus e uma
área do Cemitério da Irmandade
do Santíssimo Sacramento.
No oitavo estágio visitaremos os mausoléus, capelas e sepulturas requintadas,
onde estão os personagens dedicados à nobreza política e religiosa do Estado do
Amazonas e outros que também acompanham nossos imortais no Museu Laborum Meta.
Vejamos alguns:
EDUARDO
GONÇALVES RIBEIRO (1862-1900), viveu 38 anos |
QUADRA
02 |
EDUARDO
GONÇALVES RIBEIRO, maranhense
de São Luís. Foi Governador do Amazonas por
dois períodos: o 1º, do
domingo dia 2 de novembro de 1890 à terça-feira dia 5 de maio de 1891, e o 2º,
do sábado dia 27 de fevereiro de 1892 à quinta-feira dia 23 de julho de 1896. Em
seu governo foi responsável por agilizar e terminar a construção do Teatro Amazonas(1884-1896) e muitas das outras obras de
urbanização da cidade de Manaus, entre elas o Reservatório
do Mocó
(1885-1899), a Ponte
Pênsil Benjamin Constant (1892- 1895 ponte de ferro) e o Palácio
da Justiça do Amazonas (1894-1900 atual Museu do Crime),
dando alcunha para a capital do Amazonas de "Paris dos Trópicos". Em honra a sua memória foram
nomeados em seu nome: a avenida Eduardo Ribeiro, a inscrição na fachada direita
e o palco do Teatro Amazonas. Faleceu em Manaus.
JOAQUIM ROCHA DOS SANTOS (1851-1905), viveu 54 anos |
QUADRA 02 |
Fonte: Jornal do Commércio do
Amazonas
Joaquim
Rocha dos Santos nasceu em Lisboa. Antes de chegar a Manaus morou em Fortaleza,
em Caxias na Província do Maranhão e também no Pará. Na capital amazonense, exerceu
as funções de delegado de polícia, juiz de paz, deputado da Assembleia,
Administrador do Trapiche da Recebedoria, provedor da Santa casa de
Misericórdia, sendo também presidente da Irmandade do Santíssimo Sacramento e
cônsul da Argentina. (RIBEIRO, 2014).
Foi
proprietário e fundador no sábado dia 02 de janeiro de 1904 do Jornal do Commércio do
Amazonas, com sede na
Avenida Eduardo Ribeiro. Seu nome batiza uma rua no centro histórico
de Manaus. Faleceu em Manaus.
Foto: Giselle Haddad-maio 2021
JOSÉ JEFFERSON CARPINTEIRO
PÉRES(1932-2008), viveu 76 anos |
QUADRA 02 |
José
Jefferson Carpinteiro Péres nasceu em Manaus no sábado dia 19 de março de 1932,
foi professor e político.
JAZIGO DE LEONARDO
MALCHER – |
QUADRA 02 |
Foto: Giselle Haddad, maio 2021.
Leonardo Antônio Malcher,
foi o engenheiro contratado para construir o prédio da Prefeitura de Manaus em
1874 e a Igreja de São Sebastião em 1888. Na quinta-feira dia 14 de janeiro de
1892 junto com Almino Álvares Affonso e Lima Bacuri, tentou convencer o
governador Taumaturgo de Azevedo a deixar o Palácio Rio Negro e aceitar a Junta
Provisória, que assumiria o governo até a chegada de Eduardo Ribeiro, eleito
pelo grupo como Governador Provisório. Almino Álvares Affonso e Lima Bacuri
foram feridos à bala e Leonardo Malcher com escoriações, foi preso e deportado
para a ilha Carvoeiro localizada no médio Rio Negro, distante 100 km de
Barcelos e a 191 km de Manaus. (CARVALHO, 1995).
JAZIGO
SILVA RAMOS - QUADRA
Foto:
Giselle Haddad-maio 2021.
MANOEL DA SILVA RAMOS foi o fundador do Jornal “A Estrella do Amazonas” que existiu em Manaus entre os anos de 1852 a 1866.
DELMO CAMPELO PEREIRA(1933-1952) viveu 19 anos |
Fonte:
Site Taquiprati
Na terça-feira dia 05 de fevereiro de
1952, um jovem, acusado de assassinato, torna-se, em menos de uma semana, de
algoz a vítima. Assim foi o “Caso Delmo”, o crime mais famoso que marcou a vida
de uma Manaus pacata dos anos 50.
No Museu do Crime de
Manaus localizado no edifício Palácio da Justiça, anexo 1 do Tribunal de
Justiça do Amazonas (TJAM) situado na avenida Eduardo Ribeiro, exatamente atrás
Teatro Amazonas, encontramos farto material sobre o “Caso Delmo.”
Foto: Klayton Albuquerque
APRÍGIO MARTINS DE MENEZES (1844-1891), viveu 47 anos |
QUADRA 06 |
Jazigo que recebeu o primeiro sepultamento oficial do Museu Laborum Meta no domingo dia 19 de abril de 1891. Imagem: Victória Cupper Orlandini, 2009.
O Dr.
Aprígio Martins de Menezes foi o político responsável pelo projeto do Cemitério
de São João Batista e o primeiro a ser sepultado.
ADRIANO AUGUSTO DE ARAÚJO JORGE(1879-1948),
viveu 69 anos |
QUADRA 07 |
Fonte: Câmara Municipal de Manaus
Nasceu na
quarta-feira dia 20 de agosto de 1879 em Alagoas. Formou-se em medicina na
Faculdade da Bahia. Ficou conhecido como o médico dos pobres. Em seu consultório, localizado na Avenida
Eduardo Ribeiro, atendia gratuitamente a muitas pessoas. Foi um dos fundadores
da Academia Amazonense de Letras (Sociedade
de Homens de Letras), tornando-se o primeiro presidente em janeiro de
1918.
O antigo
bairro Vila Municipal teve seu nome mudado na década de 1920 para Adrianópolis,
em homenagem ao médico, professor e parlamentar.
O Hospital Adriano Jorge foi criado pela
Lei n.º 1.872, da quarta-feira dia 27 de maio de 1953 e inaugurado na terça-feira
dia 30 de junho de 1953 com a disponibilidade de 432 leitos, funcionou
inicialmente como Sanatório Adriano Jorge, com o objetivo apenas de realizar o
tratamento de pacientes com tuberculose, doença que assustava muito a sociedade
daquele período. Sua localização no Bairro da Cachoeirinha era considerada
muito distante do centro da cidade, tornando-o de difícil acesso para população
que se deslocava para lugares muito afastados por meio de bondes, transporte
comum em Manaus na década de 50.
GILBERTO MESTRINHO
DE MEDEIROS RAPOSO(1928-2009) viveu 81 anos |
QUADRA 08 |
Fonte: Senado Federal
Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo foi prefeito de Manaus :1956-1958, governador
do Amazonas por
três mandatos: 1959-1963;1983-1987 e 1991-1995; e senador da república
1997-2007.
Em
sua juventude, a fama de conquistador rendeu-lhe o carinhoso apelido, entre os
amazonenses, de "BOTO TUCUXI”, em referência à lenda do BOTO que
engravidava as caboclinhas pelo interior do Amazonas. (Wikipédia, a
enciclopédia livre).
TEREZINHA MENEZES DE LIMA construiu sua casa própria no bairro de Santa Luzia na região das “CACIMBAS” em terreno que lhe foi doado no ano de 1959 pelo então governador Gilberto Mestrinho. MAS, RAPAZ!
ÁLVARO BOTELHO MAIA (1893-1969) viveu 76 anos |
QUADRA 08 |
Álvaro Botelho Maia nasceu em Humaitá AM. No início de 1925. Em concurso idealizado pela revista Redenção, Álvaro Maia foi nomeado "príncipe dos poetas amazonenses” (em alusão ao fato de ele ser ensaísta, romancista e poeta).
Na quinta feira dia 20 de novembro de
1930 tomou posse como Interventor do Estado do Amazonas, em que permaneceu até
agosto de 1931. Em 1943, veio ao público o seu primeiro livro, chamado de Na
Vanguarda da Retaguarda, que reúne crônicas
sobre a campanha pelo aumento da produção da borracha.
Elegeu-se
senador da república em 1944. Em outubro de 1950 foi eleito para o governo do
Amazonas. (Wikipédia, a enciclopédia
livre).
LEOPOLDO AMORIM DA SILVA
NEVES(1898-1953) |
QUADRA 11 |
Leopoldo Amorim da Silva Neves (1898-1953) 55
anos, também conhecido pelo cognome PUDICO, foi Governador do Amazonas no
período de 1947 a 1951. |
|
Segundo TIA ZEFINHA, o nome da Vila PUDICO, contígua à Vila Portela, é
uma homenagem a esse ilustre personagem
SHALOM EMANUEL
MUYAL (1875- 1910) 35 anos. |
QUADRA
11 |
Imagem:
Victória Cupper Orlandini, 13/03/2009.
Shalom
Emanuel Muyal foi
líder da comunidade judaica em Manaus. Muyal foi acometido de uma
grave doença, provavelmente febre amarela –contava a veneranda senhora Zahra
Aflalo, conhecida na comunidade como Dona Florzinha que o rabino estava muito
amarelado (ictérico) e inchado (edema por
ascite),
características de falência hepática como a causada pela febre amarela.
Anos depois de seu falecimento, seu túmulo tornou-se um foco de peregrinação para os católicos, que o chamam de "Santo judeu milagreiro de Manaus”. (Wikipédia).
ETELVINA D’ ALENCAR (1884-1901) viveu 17 anos |
QUADRA 11 |
Foto: Jonas-Setembro/2021 |
Etelvina
d'Alencar foi uma trabalhadora rural cearense assassinada em 1901, na então
Colônia Campos Sales, Zona Oeste de Manaus. Segundo fiéis, após o assassinato a
trabalhadora rural teria feito aparições para diversas pessoas, espalhando
mensagens de Deus. Apesar de nunca ter sido canonizada, Etelvina é considerada
santa por muitos manauaras. Uma placa em seu túmulo diz "mão perversa
arrancou-lhe a vida. Piedade do povo do Amazonas erguendo lhe o
monumento". No Museu do Crime de Manaus localizado no edifício Palácio da Justiça, Anexo 1 do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) situado na avenida Eduardo Ribeiro, exatamente atrás Teatro Amazonas, encontramos farto material sobre o “Caso Santa Etelvina.”
TERESA CRISTINA (1964-1971) viveu 7
anos |
QUADRA 13 |
Foto: Jonas-Setembro/2021 |
Teresa Cristina é a pessoa mais nova dentre os outros santos populares. No ano de 1971, faleceu em um acidente aéreo nas proximidades de Manaus, para onde voltava com sua mãe. A mãe de Teresa foi sobrevivente. Passados seis meses após o acidente, a mãe da criança, proprietária de uma pensão no Centro, recebeu visita de um migrante, sem dinheiro, que pediu para ali ficar hospedado. No outro dia, esse hóspede foi até a casa da família de Cristina, para acertar os detalhes da hospedagem. Chegando no local, viu um quadro da criança e perguntou quem ela era. A senhora disse que era sua filha. O migrante disse que foi aquela criança que o guiou até a pensão.
No nono estágio visitaremos a administração local do cemitério onde as dúvidas serão dirimidas pela solícita e competente equipe administrativa!
REFERÊNCIAS
BIBLIA Online-ACF-Almeida Corrigida Fiel.
CASTRO, Matheus. G1
AM.
CUPPER, Maria Terezinha da Rosa. Educação e Cultura: Leitura do Cemitério de São João Batista-
Manaus/AM. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação
da Universidade Federal do Amazonas, como requisito parcial para a obtenção do
título de Mestre em Educação, sob orientação da Prof.ª Dr.ª Amélia Regina
Batista Nogueira.2009.
DIAS,
Pollyanna D’Avila Gonçalves. Arquitetura
Neogótica no Período da Borracha: um estudo tipológico das construções de
Manaus. Dissertação do Programa de Pós-graduação em Letras e Artes(PPGLA)
para obtenção do título de Mestre. Junho 2013.
DUARTE, Durango
Martins. Manaus, entre o passado e o
presente. Manaus AM. Ed. Mídia Ponto Comm Publicidade Ltda-ME. 2009.
FHAJ-Fundação
Hospital Adriano Jorge - FHAJ - Manaus Disponível em: http://www.fhaj.am.gov.br
› historia-da-fundacao.
PREFEITURA MUNICIPAL DE MANAUS. Cemitérios
Públicos de Manaus « SEMULSP. https://semulsp.manaus.am.gov.br › cemitérios.
Acesso em 15/05/2021.
QUEIROZ, Manuel. Entrevista dada para
Matheus Castro, G1 AM em data de 02/11/2020. Manoel Queiroz é coveiro do
Cemitério de São João Batista há 21 anos.
WIKIPEDIA, a
enciclopédia livre.
NOTAS
PILINTRA é o nome de
uma entidade da Umbanda. Seu nome completo é Zé Pilintra ou Zé Pelintra. É um espírito conhecido pelas características
de alegria e malandragem. Fonte: Dicionário informal-SP.
JOÃO
CAVEIRA é uma sub-falange de exus da Umbanda e da Quimbanda. Trata-se de uma
das falanges de entidades responsáveis pelo encaminhamento das almas (espíritos
desencarnados) que vagam nos cemitérios para áreas de captação e triagem.
João Caveira
pertence à falange do Exu Caveira, que por sua vez é regida pelo orixá Omulu.Fonte:
Wikipédia.