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sexta-feira, 4 de junho de 2021

ROTEIROS PARA VISITA NO MUSEU LABORUM META



No Museu Laborum Meta existe apenas o hoje abrigando ilustres e anônimos homens e mulheres que viveram no eterno agora representando o Ser Humano em suas aspirações e realizações e que serão lembrados como imortais pelas gerações atuais e futuras.

De acordo com DUARTE, (2009) predominam nas quadras localizadas nos corredores principais os mausoléus, as capelas e as sepulturas mais requintadas construídas com material nobre. A maioria dos túmulos que ocupam essas quadras pertencem às famílias influentes, importantes e à nobreza política e religiosa do Estado do Amazonas. Nas quadras mais afastadas da parte central e das alamedas, são encontradas sepulturas mais simples, destituídas de atributos e alegorias suntuosas.  Em 1932, foi construído um ossuário para guardar os restos mortais não reclamados que foram transferidos do extinto cemitério São José para o São João Batista. Ao todo, existem, nesse ossuário, os despojos mortais de, ao menos, 48 pessoas, conforme placa de mármore existente no local. 

Vamos revisitar os corredores do Museu Laborum Meta, iniciando por nossos imortais e seguindo pelos túmulos de personagens anônimos e daqueles que também deixaram seu nome na história de Manaus.

Naturalmente, cada um deve elaborar os estágios de seu roteiro para a facilitar a localização dos imortais. Sugestões dos autores: 






   No primeiro estágio, a visita deve está fundamentada no Mapa de Orientação do Cemitério São João Batista, pois permite encontrar e seguir o melhor roteiro no melhor tempo planejado.

 

            O MAPA DE ORIENTAÇÃO DO MUSEU LABORUM META   



Fonte: Prefeitura de Manaus, 2007, Não existe a quadra 17.

Os acessos são formados por dois portões, um na entrada pela Praça Chile (ACESSO 1) e o mais imponente na Av. Boulevard Álvaro Maia (ACESSO 2) composto por uma estrutura de ferro fundido, a cobertura lembra escamas de peixe, feita com material mais leve. (CUPPER,2009).

No arco de ferro do portão da entrada pela Av. Boulevard Álvaro Maia (ACESSO 2), também foi fixada a frase em latim LABORUM META, que significa fim dos trabalhos.



Foto: Jonas-Setembro/2021

 
      

Giselle Haddad sugere que no segundo estágio, sejam observadas as referências externas dos postes de iluminação dos corredores do Museu Laborum Meta, pois são bons indicadores, por exemplo: “para localizar o Jazigo do vovô Omar na quadra 01, lembre-se do terceiro poste. O Jazigo da  vovó Tereza fica na quadra 13 na direção ao segundo poste.”

Amin Haddad sugere que no terceiro estágio a prioridade seja adentrar ao Museu Laborum Meta pelo portão da Av. Boulevard Álvaro Maia (ACESSO 2), centro do Museu Laborum Meta tendo em vista ser facilmente localizada à esquerda, a quadra 07. Nesta quadra são encontrados três jazigos , cada um com três imortais: 

Família Alexandre Haddad, Família Débora Haddad e Família Josefa Menezes de Lima. 

Seguindo em frente, e na parte posterior da Capela de São João Batista  e do prédio da Administração, estão localizadas as quadras 12 e 13 onde encontramos dois jazigos com seis imortais cada: Família Santos e Família Terezinha Menezes de Lima.

Partindo dos corredores das quadras 12 e 13 e contando-se os postes, será facilmente localizado na quadra 11,  o jazigo da Família José Ramos da Costa com dois imortais e na quadra 1 o jazigo do imortal Omar Haddad. “MAS, RAPAZ!”

No quarto estágio a visita continua no Cruzeiro das Almas e pelas demais quadras onde se encontram outros personagens que acompanham nossos imortais no Museu Laborum Meta.

          O CRUZEIRO DAS ALMAS


Foto Giselle Haddad-maio 2021

Na parte posterior da capela de São João Batista encontramos o Cruzeiro das Almas onde as pessoas também acendem velas. É cediço que no local acontecem cerimônias que tornam presentes as formas exteriores e regulares de cultos religiosos populares, principalmente dos seguidores de Umbanda, Quimbanda e Candomblé.

Apenas alguns vestígios de cerimônias são encontrados com certa frequência: bebidas como cachaça, vinho e frisante. Os restos de velas são em sua grande maioria da cor vermelha. Em menor quantidade são encontrados pratos de argila chamados de alguidá e que servem para colocar a oferenda do “santo”. (CUPPER,2009).

Giselle Haddad relata: “Quando me deparei com as inscrições ZÉ PILINTRA DAS ALMAS, SALVE SEU JOÃO CAVEIRA E ÀS 13 ALMAS e AGRADEÇO AS ALMAS AFLITAS, no Cruzeiro das Almas, lembrei-me de um vizinho que fazia rituais de “macumba”, “pegava santo”  e com isso, o Guja aprendeu e gostava de cantar:  O sino da igrejinha faz belém, belão. Já deu meia noite, o galo já cantou. É Tranca Rua na avenida... Em tempo anterior ao presente, era  consuedudinário se deparar com com despachos”.

No quinto estágio examinaremos a arquitetura dos jazigos seguindo as observações de DIAS, (2013) por exemplo: Quando se visualiza as pequenas capelas das quadras 07 e 08, quase todas têm gabletes e torres pontiagudas. Mas nem todas possuem cogulhos e arco ogival. Existe um exemplar na quadra 11 que possui gablete, torres triangulares, arco ogival e portão de ferro com uma cruz com raios.

No seu gablete não há cogulhos, no entanto, na lateral superior pode-se ver uma espécie de rendilhado que é o seu diferencial em relação às outras capelas. Outro exemplar de jazigo, ainda mais luxuoso, encontra-se na quadra 06. Este, feito todo em mármore em Lisboa encomendado por Manuel M. Rato e Fos., como consta em inscrição. Suas colunas têm folhas de acanto, na superfície do gablete há um festão e uma guirlanda, sua porta ogival em ferro possui um desenho que recorda as formas do gótico flamejante, as torres terminam com florões. 

DIAS, (2013) esclarece que o arco ogival é um elemento neogótico muito encontrado no cemitério. Ele está em janelas, portas e suportes para abóbadas. No caso da abóbada, a de arestas pôde ser visualizada em alguns jazigos do cemitério, e não somente com os arcos ogivais como suporte, mas também com arcos trilobados. Estas abóbadas servem de “telhado” para cruzes, esculturas e as próprias sepulturas. 

Cruzes diversificadas são os símbolos mais encontrados, algumas com a adição de ornamentos vegetalistas, auréolas, flores e volutas. Não são encontradas esculturas de teor grotesco, somente anjos na forma convencional e outras estátuas religiosas. O que mais se aproximou, mas nem por isso pode ser considerado como grotesco, foram as pequenas formas humanas que se encontram em um jazigo da quadra 15 (à direita da entrada pelo acesso 1) com os braços para cima como se estivessem “suportando” parte da coluna. O ferro fundido pôde ser visualizado em imagens, estátuas, floreiras, urnas, etc. (DIAS,2013).

No sexto estágio observaremos que na Capela de São João Batista seremos incitados a olhar para cima. Na sua parte frontal visualizaremos quatro arcos ogivais alongados, um portão de ferro, uma rosácea com a imagem de Maria com uma auréola cheia de raios. Seus três coruchéus frontais também são decorados com cogulhos e acima do central existe uma cruz. Observaremos também a imagem de São João Batista, com o braço direito para cima. 



CAPELA DE SÃO JOÃO BATISTA

Foto: Jonas-Setembro/2021


De acordo com CUPPER, (2009) em 1906 foi construída a capela de São João Batista no lugar do antigo necrotério, autorizado pela Lei n.º 430, de 1905, sob ordem do Superintendente Municipal Adolpho Lisboa que também mandou construir muros e o conjunto de portões em ferro.

Segundo DIAS, (2013) dois dias após a inauguração, a capela recebeu a imagem de São João Batista trasladada da Igreja de São Sebastião e que permanece nela até os dias atuais.   Nesta imagem São João Batista tem o braço direito apontado para o céu, seu cabelo é ondulado (como geralmente é representado) e está vestido com uma pele. Em sua iconografia bizantina (Grécia antiga), João Batista era representado junto aos anjos, por ter sido ele também um mensageiro.

DIAS, (2013) esclarece a arquitetura e a arte da Capela de São João Batista com exuberância de detalhes:


I)        Ao entrar na Capela observa-se a existência de um portão de ferro trabalhado com arcos ogivais e ornatos vegetalistas. Em meio a estes ornatos, encontra-se o símbolo do acanto, uma planta mediterrânica que possui folhas largas e recortadas. 

O ornamento dessa planta foi muito utilizado em capitéis coríntios na decoração antiga e medieval. Em uma lenda narrada por Vitrúvio (80-15 a.C.) 65 anos, o escultor Calímaco (300-240 a.C.) 60 anos, ao ornamentar um dos capitéis do túmulo de uma menina teria se inspirado nas folhas de acanto.

 

II)          Ainda no portão da Capela, visualiza-se um símbolo em forma de círculo que sugere um movimento. Trata-se de uma forma muito utilizada nos vitrais góticos por ter ligação com o número três. 

III)         Na parede interna da Capela observa-se a existência da técnica de marmorização em tons de verde e um ornamento floral que sugere um arabesco. O arabesco é uma elaborada combinação de formas geométricas específica da arte islâmica e surge a partir da repetição de uma forma, conferindo ritmo à imagem. Pode ser feito em diversos formatos, sendo que na forma de folha foi muito utilizado no Renascimento (meados do século XIV e fim do século XVI.) Existe uma relação simbólica do arabesco com o labirinto ou até mesmo com a teia de uma aranha.

IV)         O desenho do piso também chama atenção pelo ritmo que confere. Trata-se de formas florais estilizadas dentro de círculos, que dão a sensação de estarem em sintonia com outros elementos da Capela.

V)          Existem oito janelas ogivais decoradas com vitrais franceses na Capela. Sabe-se que os vitrais estão relacionados à entrada de luz no ambiente.

VI)        Na Idade Média (séculos V a XV), a luz simbolizava o sobrenatural, a vida, a salvação e a felicidade dada por Deus.

VII)       Na Capela de São João Batista há três desenhos de vitrais. O primeiro deles, na parte frontal, possui uma rosácea com a imagem de Maria com uma auréola cheia de raios. Nele, também há flores, formas geométricas e cruzes. O segundo tipo é uma variação do primeiro, mas sem a imagem de Maria. O terceiro tipo possui desenhos geométricos, duas cruzes na forma latina, um trifólio com flores, uma cruz na forma grega com os símbolos de alfa e ômega (primeira e última letra do alfabeto grego).

VIII)     Na parte frontal da Capela observa-se um vitral em formato circular chamado rosácea, por conta da sua relação com a rosa.

       A representação solitária de Maria, como ocorre no vitral de entrada, tem relação com a imagem da própria Igreja e que foi muito explorada nos mosaicos bizantinos, nos afrescos e esculturas medievais e nos retábulos do Renascimento.

IX)        Era comum encontrar uma auréola ou uma coroa em sua cabeça. No caso da auréola, simboliza a aura cintilante que pertence a seres sobre-humanos, santos, divinos. Na arte bizantina, a auréola redonda era reservada àqueles que haviam morrido, mas tinham vividos como santos na terra.

Os personagens que continuavam vivos podiam receber uma auréola quadrada (Chevalier, 2007, p. 100). Os personagens alegóricos tinham auréolas hexagonais. Os artistas do Renascimento representavam a auréola em forma de aro em perspectiva (Hall, 2003, p. 300).

X)          Em outro vitral da capela, observa-se uma cruz com um monograma de Cristo com as letras iniciaIs em grego X(Chi) e P(Rho) que é denominada Cruz de Constantino. Este foi um importante símbolo da Igreja primitiva, mas antes mesmo disso, era utilizado como símbolo de bom augúrio. Constantino o adotou para o estandarte do Império Romano e as moedas da época.

 

De acordo com os seus biógrafos, este símbolo apareceu para Constantino em uma visão ou sonho na véspera da batalha vitoriosa contra Magêncio, Maxêncio, Maximiano II ou Maximino, dependendo da tradução em latim: Marcus Aurelius Valerius Maxentius Augustus (278-312) 34 anos, em Saxa Rubra,uma cidade romana. (Hall, 2003. p.28).

DIAS, (2013) ainda revela que na simbologia cristã, o azul indica a cor do manto da Virgem, como se percebe no vitral frontal, onde o azul também colore as flores-de-lis. Segundo a referida autora, a partir do século XII:

O azul torna-se uma cor muito apreciada, recebendo grande valor nos vitrais medievais (Eco, 2004, p. 123);

O vermelho também é cor do manto de Maria, mas está relacionado ao sangue de Cristo;

O amarelo tem como referência imediata à luz do sol, a cor do ouro. É uma cor que transmite calor e energia;

O verde na Idade Média nem sempre estava relacionado ao Bem. Num vitral da Catedral de Chartres (também chamada de Notre-Dame de Chartres) que é uma catedral católica de estilo gótico localizada na cidade de Chartres, noroeste da França, Satanás foi todo feito com pele e os olhos verdes (Chevalier, 2007, p. 940). Porém, no caso da capela de São João, o verde está nitidamente relacionado às imagens vegetais. 

O sétimo estágio da nossa visita será dividido em duas etapas de observação silenciosa à pouca distância: Cemitério dos Judeus e Cemitério da Irmandade Católica ou do Santíssimo Sacramento, tendo em vista se tratarem de espaços restritos.

CEMITÉRIO DOS JUDEUS- QUADRAS 03, 04 e 05

No ano de 1928 a Prefeitura cedeu uma área do cemitério São João Batista, para a construção do Cemitério dos Judeus que ocupa as quadras 03, 04 e 05 e fica entre a Av. Boulevard Álvaro Maia e a Rua Major Gabriel.

 


Foto: Jonas-Setembro/2021

                   

CEMITÉRIO DA IRMANDADE CATÓLICA OU DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO




                                              Foto: Jonas-Setembro/2021


Em um pequeno espaço cercado e pertencente a uma irmandade católica da Igreja Matriz -primeira igreja construída em Manaus, estão enterrados os membros da Irmandade do Santíssimo Sacramento, entidade ligada à igreja Católica de Manaus. (CUPPER,2009). 

Área reservada para membros da Irmandade do Santíssimo Sacramento no Cemitério São João Batista fica atrás do Reservatório do Mocó.

Segundo QUEIROZ, (2020) existem dois cemitérios dentro do Cemitério São João Batista: uma área que ocupa as quadras 03, 04 e 05, o Cemitério dos Judeus e uma área do Cemitério da Irmandade do Santíssimo Sacramento.

No oitavo estágio visitaremos os mausoléus, capelas e sepulturas requintadas, onde estão os personagens dedicados à nobreza política e religiosa do Estado do Amazonas e outros que também acompanham nossos imortais no Museu Laborum Meta. Vejamos alguns:


EDUARDO GONÇALVES RIBEIRO (1862-1900), viveu 38 anos

                                       QUADRA 02 


EDUARDO GONÇALVES RIBEIRO, maranhense de São Luís. Foi Governador do Amazonas por dois períodos: o 1º, do domingo dia 2 de novembro de 1890 à terça-feira dia 5 de maio de 1891, e o 2º, do sábado dia 27 de fevereiro de 1892 à quinta-feira dia 23 de julho de 1896. Em seu governo foi responsável por agilizar e terminar a construção do Teatro Amazonas(1884-1896) e muitas das outras obras de urbanização da cidade de Manaus, entre elas o Reservatório do Mocó (1885-1899), a Ponte Pênsil Benjamin Constant (1892- 1895 ponte de ferro) e o Palácio da Justiça do Amazonas (1894-1900 atual Museu do  Crime), dando alcunha para a capital do Amazonas de "Paris dos Trópicos". Em honra a sua memória foram nomeados em seu nome: a avenida Eduardo Ribeiro, a inscrição na fachada direita e o palco do Teatro Amazonas. Faleceu em Manaus.

       Sua residência em Manaus à Rua José Clemente, 322, foi transformada num museu com exposição de objetos de uso pessoal, móveis e arte. (Wikipédia). 



JOAQUIM ROCHA DOS SANTOS (1851-1905), viveu 54 anos

                                  QUADRA 02




Fonte: Jornal do Commércio do Amazonas


Joaquim Rocha dos Santos nasceu em Lisboa. Antes de chegar a Manaus morou em Fortaleza, em Caxias na Província do Maranhão e também no Pará. Na capital amazonense, exerceu as funções de delegado de polícia, juiz de paz, deputado da Assembleia, Administrador do Trapiche da Recebedoria, provedor da Santa casa de Misericórdia, sendo também presidente da Irmandade do Santíssimo Sacramento e cônsul da Argentina. (RIBEIRO, 2014).

Foi proprietário e fundador no sábado dia 02 de janeiro de 1904 do Jornal do Commércio do Amazonas, com sede na Avenida Eduardo Ribeiro. Seu nome batiza uma rua no centro histórico de Manaus. Faleceu em Manaus.

Foto: Giselle Haddad-maio 2021


JOSÉ JEFFERSON CARPINTEIRO PÉRES(1932-2008), viveu 76 anos

                                     QUADRA 02

 



Foto: Luís Paulo Dutra G1 AM

José Jefferson Carpinteiro Péres nasceu em Manaus no sábado dia 19 de março de 1932, foi professor e político. 

JAZIGO DE LEONARDO MALCHER –

QUADRA 02

Foto: Giselle Haddad, maio 2021.


Leonardo Antônio Malcher, foi o engenheiro contratado para construir o prédio da Prefeitura de Manaus em 1874 e a Igreja de São Sebastião em 1888. Na quinta-feira dia 14 de janeiro de 1892 junto com Almino Álvares Affonso e Lima Bacuri, tentou convencer o governador Taumaturgo de Azevedo a deixar o Palácio Rio Negro e aceitar a Junta Provisória, que assumiria o governo até a chegada de Eduardo Ribeiro, eleito pelo grupo como Governador Provisório. Almino Álvares Affonso e Lima Bacuri foram feridos à bala e Leonardo Malcher com escoriações, foi preso e deportado para a ilha Carvoeiro localizada no médio Rio Negro, distante 100 km de Barcelos e a 191 km de Manaus. (CARVALHO, 1995).

JAZIGO SILVA RAMOS - QUADRA


                                     Foto: Giselle Haddad-maio 2021.


          MANOEL DA SILVA RAMOS foi o fundador do Jornal “A Estrella do Amazonas” que existiu em Manaus entre os anos de 1852 a 1866.


DELMO CAMPELO PEREIRA(1933-1952) viveu 19 anos

 

 

Fonte: Site Taquiprati


Na terça-feira dia 05 de fevereiro de 1952, um jovem, acusado de assassinato, torna-se, em menos de uma semana, de algoz a vítima. Assim foi o “Caso Delmo”, o crime mais famoso que marcou a vida de uma Manaus pacata dos anos 50.

No Museu do Crime de Manaus localizado no edifício Palácio da Justiça, anexo 1 do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) situado na avenida Eduardo Ribeiro, exatamente atrás Teatro Amazonas, encontramos farto material sobre o “Caso Delmo.”

Foto: Klayton Albuquerque


APRÍGIO MARTINS DE MENEZES (1844-1891), viveu 47 anos

QUADRA 06



Jazigo que recebeu o primeiro sepultamento oficial do Museu Laborum Meta no domingo dia 19 de abril de 1891. Imagem: Victória Cupper Orlandini, 2009. 

O Dr. Aprígio Martins de Menezes foi o político responsável pelo projeto do Cemitério de São João Batista e o primeiro a ser sepultado.


ADRIANO AUGUSTO DE ARAÚJO JORGE(1879-1948), viveu 69 anos

QUADRA 07

                              


Fonte: Câmara Municipal de Manaus


Nasceu na quarta-feira dia 20 de agosto de 1879 em Alagoas. Formou-se em medicina na Faculdade da Bahia. Ficou conhecido como o médico dos pobres. Em seu consultório, localizado na Avenida Eduardo Ribeiro, atendia gratuitamente a muitas pessoas. Foi um dos fundadores da Academia Amazonense de Letras (Sociedade de Homens de Letras), tornando-se o primeiro presidente em janeiro de 1918.

O antigo bairro Vila Municipal teve seu nome mudado na década de 1920 para Adrianópolis, em homenagem ao médico, professor e parlamentar.



O Hospital Adriano Jorge foi criado pela Lei n.º 1.872, da quarta-feira dia 27 de maio de 1953 e inaugurado na terça-feira dia 30 de junho de 1953 com a disponibilidade de 432 leitos, funcionou inicialmente como Sanatório Adriano Jorge, com o objetivo apenas de realizar o tratamento de pacientes com tuberculose, doença que assustava muito a sociedade daquele período. Sua localização no Bairro da Cachoeirinha era considerada muito distante do centro da cidade, tornando-o de difícil acesso para população que se deslocava para lugares muito afastados por meio de bondes, transporte comum em Manaus na década de 50.

Fonte: Fundação Hospital Adriano Jorge - FHAJ - Manaus Disponível em: http://www.fhaj.am.gov.br › historia-da-fundacao.




GILBERTO MESTRINHO DE MEDEIROS RAPOSO(1928-2009) viveu 81 anos

QUADRA 08


Fonte: Senado Federal


        Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo foi prefeito de Manaus :1956-1958, governador do Amazonas por três mandatos: 1959-1963;1983-1987 e 1991-1995; e senador da república 1997-2007.





 

Fonte: Guia Viajar Melhor



Em sua juventude, a fama de conquistador rendeu-lhe o carinhoso apelido, entre os amazonenses, de "BOTO TUCUXI”, em referência à lenda do BOTO que engravidava as caboclinhas pelo interior do Amazonas. (Wikipédia, a enciclopédia livre).

TEREZINHA MENEZES DE LIMA construiu sua casa própria no bairro de Santa Luzia na região das “CACIMBAS” em terreno que lhe foi doado no ano de 1959 pelo então governador Gilberto Mestrinho. MAS, RAPAZ!


ÁLVARO BOTELHO MAIA (1893-1969) viveu 76 anos

QUADRA 08








Álvaro Botelho Maia nasceu em Humaitá AM. No início de 1925. Em concurso idealizado pela revista Redenção, Álvaro Maia foi nomeado "príncipe dos poetas amazonenses” (em alusão ao fato de ele ser ensaísta, romancista e poeta). 

Na quinta feira dia 20 de novembro de 1930 tomou posse como Interventor do Estado do Amazonas, em que permaneceu até agosto de 1931. Em 1943, veio ao público o seu primeiro livro, chamado de Na Vanguarda da Retaguarda, que reúne crônicas sobre a campanha pelo aumento da produção da borracha.

Elegeu-se senador da república em 1944. Em outubro de 1950 foi eleito para o governo do Amazonas.  (Wikipédia, a enciclopédia livre).



                 LEOPOLDO AMORIM DA SILVA NEVES(1898-1953)

                               QUADRA 11






Leopoldo Amorim da Silva Neves (1898-1953) 55 anos, também conhecido pelo cognome PUDICO, foi Governador do Amazonas no período de 1947 a 1951.

 

Segundo TIA ZEFINHA, o nome da Vila PUDICO, contígua à Vila Portela, é uma homenagem a esse ilustre personagem

 



SHALOM EMANUEL MUYAL (1875- 1910) 35 anos.

                                      QUADRA 11



Imagem: Victória Cupper Orlandini, 13/03/2009.


Shalom Emanuel Muyal foi líder da comunidade judaica em Manaus. Muyal foi acometido de uma grave doença, provavelmente febre amarela –contava a veneranda senhora Zahra Aflalo, conhecida na comunidade como Dona Florzinha que o rabino estava muito amarelado (ictérico) e inchado (edema por ascite), características de falência hepática como a causada pela febre amarela.

Anos depois de seu falecimento, seu túmulo tornou-se um foco de peregrinação para os católicos, que o chamam de "Santo judeu milagreiro de Manaus”. (Wikipédia).


ETELVINA D’ ALENCAR (1884-1901) viveu 17 anos

                                      QUADRA 11





Foto: Jonas-Setembro/2021




Etelvina d'Alencar foi uma trabalhadora rural cearense assassinada em 1901, na então Colônia Campos Sales, Zona Oeste de Manaus. Segundo fiéis, após o assassinato a trabalhadora rural teria feito aparições para diversas pessoas, espalhando mensagens de Deus. Apesar de nunca ter sido canonizada, Etelvina é considerada santa por muitos manauaras. Uma placa em seu túmulo diz "mão perversa arrancou-lhe a vida. Piedade do povo do Amazonas erguendo lhe o monumento". No Museu do Crime de Manaus localizado no edifício Palácio da Justiça, Anexo 1 do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) situado na avenida Eduardo Ribeiro, exatamente atrás Teatro Amazonas, encontramos farto material sobre o “Caso Santa Etelvina.”


TERESA CRISTINA (1964-1971) viveu 7 anos

                                            QUADRA 13

  


Foto: Jonas-Setembro/2021



 Teresa Cristina é a pessoa mais nova dentre os outros santos populares. No ano de 1971, faleceu em um acidente aéreo nas proximidades de Manaus, para onde voltava com sua mãe. A mãe de Teresa foi sobrevivente. Passados seis meses após o acidente, a mãe da criança, proprietária de uma pensão no Centro, recebeu visita de um migrante, sem dinheiro, que pediu para ali ficar hospedado. No outro dia, esse hóspede foi até a casa da família de Cristina, para acertar os detalhes da hospedagem. Chegando no local, viu um quadro da criança e perguntou quem ela era. A senhora disse que era sua filha. O migrante disse que foi aquela criança que o guiou até a pensão. 

      No nono estágio visitaremos a administração local do cemitério onde as dúvidas serão dirimidas pela solícita e competente equipe administrativa!




 

REFERÊNCIAS

BIBLIA Online-ACF-Almeida Corrigida Fiel.

CASTRO, Matheus. G1 AM.

CUPPER, Maria Terezinha da Rosa. Educação e Cultura: Leitura do Cemitério de São João Batista- Manaus/AM. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Educação, sob orientação da Prof.ª Dr.ª Amélia Regina Batista Nogueira.2009.

DIAS, Pollyanna D’Avila Gonçalves. Arquitetura Neogótica no Período da Borracha: um estudo tipológico das construções de Manaus. Dissertação do Programa de Pós-graduação em Letras e Artes(PPGLA) para obtenção do título de Mestre. Junho 2013.

DUARTE, Durango Martins. Manaus, entre o passado e o presente. Manaus AM. Ed. Mídia Ponto Comm Publicidade Ltda-ME. 2009.

FHAJ-Fundação Hospital Adriano Jorge - FHAJ - Manaus Disponível em: http://www.fhaj.am.gov.br › historia-da-fundacao.    

PREFEITURA MUNICIPAL DE MANAUS. Cemitérios Públicos de Manaus « SEMULSP. https://semulsp.manaus.am.gov.br › cemitérios. Acesso em 15/05/2021.

QUEIROZ, Manuel. Entrevista dada para Matheus Castro, G1 AM em data de 02/11/2020. Manoel Queiroz é coveiro do Cemitério de São João Batista há 21 anos.

WIKIPEDIA, a enciclopédia livre.

NOTAS

PILINTRA é o nome de uma entidade da Umbanda. Seu nome completo é Zé Pilintra ou Zé Pelintra. É um espírito conhecido pelas características de alegria e malandragem. Fonte: Dicionário informal-SP.

JOÃO CAVEIRA é uma sub-falange de exus da Umbanda e da Quimbanda. Trata-se de uma das falanges de entidades responsáveis pelo encaminhamento das almas (espíritos desencarnados) que vagam nos cemitérios para áreas de captação e triagem. João Caveira pertence à falange do Exu Caveira, que por sua vez é regida pelo orixá Omulu.Fonte: Wikipédia.